quarta-feira, 29 de abril de 2009

Capítulo Onze - Daqui pra frente a culpa não é minha

Até aqui você pôde ver que tudo que acontecia com Marina e Lucas sempre acabava da mesma maneira: ela triste a apaixonada, ele vivendo normalmente. A partir de agora tenho que admitir uma coisa: vai continuar assim. E essa pode se tornar uma história cansativa e repetitiva, e eu até entenderia se você parasse de ler agora, eu poderia até ajudar a ficar mais fácil:
“E assim Marina continuou sua vida apaixonada por Lucas e ele nunca se importando. Até que um dia ele percebeu que ela era o grande amor da vida dele, se declarou para ela e eles viveram juntos e felizes para sempre. FIM.”
Pronto, acabou a história. Mas eu estaria mentindo, e eu não estou aqui pra mentir, estou aqui pra relatar todos os fatos da vida de uma menina que teve todo o sentido de sua vida mudado quando conheceu um garoto esquisito e completamente diferente de todos os que já tinha visto e convivido, e se apaixonou por ele. E assim tentar descobrir até que ponto algo lhe faz bem e quando começa a lhe fazer mal. Tudo o que for escrito daqui pra frente, por mais inútil que possa parecer, é necessário para se poderem entender as atitudes de Marina, seus medos, seus desejos, seus sonhos, suas loucuras. Já adianto que “histórias de amor” nem sempre têm finais tão felizes como nos contos de fadas, mas se você quer mesmo saber como são os finais da vida real de uma garota real e um garoto real, sugiro que continue a ler. Caso contrário, pare aqui mesmo e acredite no final feliz, eles existem! Será até menos constrangedor para mim, simples narradora, que lhe propus uma história interessante e posso decepcioná-lo, leitor.
Se chegou até aqui e continua lendo, presumo que vá ir adiante. Então continuemos essa narrativa e vamos acompanhar o que essa paixão de Marina nos reserva. Desculpe-me os meus devaneios. Onde eu estava mesmo? Ah sim. Os medos e frustrações de Marina.
O tempo ia passando, e Nina ainda se via apaixonada por Lucas, mas ele sequer percebia. As amigas dela às vezes perguntavam se ela ainda gostava dele, mas ela respondia que não, que já havia passado, que agora eram apenas amigos. Ela podia mentir pra qualquer pessoa, menos pra si mesma. Ser amiga dele talvez tenha sido a pior opção pra Marina, se ela ao menos se afastasse dele, quem sabe poderia ser melhor para ela, quem sabe ela pudesse realmente esquecê-lo. Ela no fundo sabia que não era ela quem ele queria, e gostava demais dele para ser tão egoísta ao ponto de passar por cima das vontades dele para satisfazer as suas – na verdade Nina chegava a ser um pouco altruísta – e, por mais que não fosse com ela, ela apenas queria que ele fosse feliz. Mas nem sempre ela era tão pacífica assim, e nem sempre ele era tão alheio a ela assim. Houve vezes em que ele a provocava e ela se afastava, e vice-versa.
Marina havia encontrado um jeito de estar mais próxima de Lucas. Depois que descobriu onde ele morava, ela também soube que sempre passava na frente da casa dele pra ir ao colégio, e desde então começou a sair em horários diferentes cada dia para ver se em algum dele sela tinha a sorte de passar por lá justamente quando ele também estava saindo para o colégio. Um dia essa tática deu certo. Marina estava passando na frente da casa de Lucas, e ele saiu no mesmo momento. Ele a viu e pediu que ela o esperasse, virou-se, trancou a porta e caminhou em direção ao pequeno portão que os separava. Enquanto isso, ela rapidamente olhou o relógio do celular e viu a que horas ele saia de casa: 7h:15m. Talvez não fosse esse o horário que ele saia de casa todos os dias, mas ela decidiu estar por ali todos os dias mais ou menos nesse horário. Ele a cumprimentou com beijo no rosto, e foram caminhando lado a lado para o colégio. Não conversaram muito, apenas o normal para quaisquer pessoas educadas que estudava na mesma turma: “Oi, tudo bem?” “Estudou para aquela prova...” “Nossa, foi tão engraçado ontem...”. Assim foram mais alguns dias em que Marina conseguia ir junto com Lucas para o colégio, nenhum diálogo muito importante, mas pra ela, estar com ele já era mais que importante.
Numa segunda-feira, logo após a Páscoa, Marina havia ganhado além de ovos de chocolate, uma caixa de bombons, que resolveu levar para o colégio e dividir com suas amigas. No caminho, ela e Lucas foram juntos para o colégio, e ela lhe perguntou sobre como havia sido sua páscoa, apenas para manter uma conversa.
Já no colégio, durante uma aula de Química, a professora teve que ir atender a alguns pais de alunos de outras classes que queriam falar com ela, e deixou a sala sob a responsabilidade da inspetora, que apenas observava as conversas na sala. Marina, Patrícia, Fernanda e Mily estavam comendo os chocolates que Marina tinha trazido, e Lucas estava sozinho no fundo da sala. Marina, para chamar a atenção dele, pegou um bombom Serenata de Amor, e como na propaganda que passava na televisão, ela caminhou até ele com o bombom nas mãos, e disse:
- Serenata? – ela sorriu, um pouco provocando, um pouco envergonhada, oferecendo o bombom a ele.
- Eu não posso comer muito chocolate, meu café da manhã foi uma caixa de Bis! – ele se explicou.
- Uh, você é quem sabe. – ela abriu o bombom e o mordeu, enquanto ele apenas observava. Ela voltou para o seu lugar comendo o chocolate.
Chegando de novo ao grupo de amigas, Fernanda logo perguntou:
- Marina Becker! O que foi isso?
- Aii Fer, nada demais. Ele tava olhando lá sozinho e eu fui oferecer um chocolate pra ele. Só isso. Ele não quis meu Serenata. – “e pelo jeito nem a minha serenata, caso eu fosse louca o bastante pra isso” ela completou mentalmente.
- Ele não parou de babar em você um minuto! Ahhh Marina.... – as meninas riram.
- Nossa nada haver, vocês são todas maliciosas! – Nina acusou.
- Claro, foi bem a gente mesmo que foi lá provocar o menino. – Mily provocou Marina.
- Já disse que não tem nada demais entre eu e ele, somos apenas amigos – “Infelizmente” – e ele nem ficou “babando” em mim como vocês disseram, e eu não fui lá provocar ele! – “Ou fui? Gostei disso...” ela pensou.
Marina se interessou pela idéia de provocá-lo, ela não tinha notado, mas as meninas lhe disseram que ele havia ficado babando nela, e isso era bom. Mas dessa vez, foi um ato inconsciente, e das outras vezes, será que ela teria o mesmo resultado? Será que ela teria coragem o suficiente para provocá-lo, agora intencionalmente? Ela ainda era uma menina muito tímida.


"Próximo capítulo quarta-feira. Agradeço a todos que estão lendo, e mais uma vez me desculpe o tamanho do capítulo. Sinto informar, mas talvez eu pare de escrever "Mais que a Vida", por razões pessoais. Ainda não é uma idéia fixa, mas...."

- Memórias de um passado que não é real. (♫)

9 comentários:

  1. aah, nao para de escrever nao ._.
    ta lindo até agora (:

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  2. Não para de escrever Nicole :( Eu não to parando a minha, você não para a sua! (que grande coisa ¬¬) hehe. Mas você que sabe, já lhe disse. Razões pessoais são mais importantes do que contar história para nós. Beijo :*

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  3. Você já leu "Desventuras em Série"? O inicio do capitulo tava igualzinho =D
    Poxa faz um esforço para não parar de escrever, por favor? A sua historia ta bem legal =)
    Beijooo

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  4. Larissa, eu não li mas vi o filme.
    Eu não sei ainda o que eu vou fazer, mas talvez eu encurte um pouco só, sei lá...
    Mas tá bem difícil pra mim.

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  5. É mas você não pode desistir, não depois de ter nos cativado com a sua historia! É de determinação e perseverança que são feitos os grandes escritores. Por isso não desista quando vierem os obstaculos! Imagina se Rowling, Tolkien, Lewis, Meyer e muitos outros autores tivessem desistino! Bem, eu sei que NUNCA teria começado a gostar ler se alguns deles estivessem desistido. Então não desista, porque a sua historia pode estar sendo o passaporte para alguem embarcar nesse mundo maravilhoso composto de letras e magia. Boa sorte!
    Beijooo

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  6. nooossa, eu adorei,
    o lucas ne deve ter morrido do coração ne ? HSAOIHSIAHSIOAHSIHAIOS
    muito bom niicole *-*

    ah , postei o 10 lá, passa la depois,
    beeijos :*

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  7. chorei com que a larissa disse, ar maria :')

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  8. chorei com que a larissa disse, (+1
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    SHAIHAISHI, cara, na hora que eu fui escrever aquela parte do carro, eu nao aguentei e tive que colocar aquilo. E meio que incaxo sabe, ja que o Gui tem o cavalo branco e pan,SAOIHSIAHSA

    beeijs Nick :*

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