quarta-feira, 8 de abril de 2009

Capítulo Oito - Distração

Lucas havia ido embora mais cedo, aparentemente sem nenhum motivo. Marina ficou muito desapontada com o desleixo dele, e sentia que tinha agido errado ao ter beijado-o, mas o quê mais ela podia fazer? Ela se sentia atraída por ele, queria estar perto dele, e quando ele demonstrou algum interesse, ela não podia simplesmente ignorar, e se ele desistisse? Ela jamais se perdoaria. Mas agora já estava feito, não tinha mais volta. Era inevitável pensar nele, fantasiar mil coisas, várias outras situações... E pra ajudar, era sexta-feira, o que significava que ela só o veria dali a 2 dias (e meio). Ou não.

Naquela semana havia sido aniversário de uma prima de Renata, filha da tal tia que morava no mesmo caminho que Lucas, e Marina e o resto da família (leia-se: mãe, padrasto e irmã) foram até a casa dela, onde teria uma pequena (pequena mesmo!) comemoração, no domingo. Fazia sol, e estava calor, e como a casa era bem perto, eles resolveram não ir de carro, e foram caminhando. Para chegar lá, havia dois caminhos: um pela esquerda, que era o caminho que Lucas seguia quando voltava do colégio com Marina; e outro pela direita, que era pela avenida que Lucas disse que morava perto. Eles escolheram ir pela direita, que parecia ser mais perto. Seguiram a tal avenida, e chegaram a uma esquina, que era a rua da casa que estavam indo. Nessa esquina havia uma lanchonete, e tamanha foi a surpresa de Marina ao virar aquela esquina. A lanchonete estava aberta, havia uma mesa com cadeiras do lado de fora, e em uma dessas cadeiras, Lucas estava sentado. Ele usava uma camiseta amarela, calça preta, boné branco e óculos escuros, e viu Marina. Ela estava passando ali com a mãe, e não podia parar pra falar com ele, caso fizesse isso, provavelmente teria que responder a uma série de perguntas de sua mãe, coisa que não queria. A mãe de Marina, Amélia, era muito desconfiada, e implicava com tudo que a filha fazia, e tinha uma idéia formada sobre garotos, e não queria a filha tão cedo com eles, até as amizades de Marina, ela não gostava muito da idéia de amigos – amigos, masculino.

Marina não conseguiu disfarçar a sensação de ver Lucas, e passou por ali com os olhos fixos nele, retribuindo ao sorriso que ele lhe deu enquanto ela passava. Ele estava ali, tão perto, e ela sem poder parar pra falar com ele. A casa da tia de Renata, Salete, ficava a cinco casas da esquina da lanchonete, mas do outro lado da rua, e não demorou mais que um minuto e meio para chegar lá. Nina estava claramente distraída, e não prestava atenção em praticamente nada ao seu redor, a única imagem na sua cabeça era a de Lucas sentado naquela cadeira em frente à lanchonete, sorrindo pra ela.

O aniversário era de Amanda, uma menininha que estava completando 8 anos. Apesar de não ser mais tão pequena, ainda teimava em fazer de Nina uma boneca gigante – sempre que Nina estava lá, ela tinha que brincar com Amanda de tudo que ela quisesse – ela era uma menina muito mimada. Naquele dia, Amanda estava ainda mais pegajosa, e Nina não podia fazer nada, por mais que estivesse em outro planeta – mais precisamente, o “planeta Lucas” -, afinal era aniversário dela. Para amenizar um pouco a situação – ou não –, Nina chamou Amanda para ficar na varanda na frente da casa, onde, estrategicamente, ela teria uma visão da rua. Coincidência ou não, Lucas não estava mais na frente da lanchonete, e sim andando de bicicleta pela rua, consequentemente, sempre à vista de Marina.

Nina tentou, de forma discreta, ver se ele entrava em alguma casa, para saber onde ele morava, mas não viu nada. Não demorou muito, e ela teve que entrar na casa, pois já estava anoitecendo, e ela não viu mais Lucas. Eles cantaram parabéns, ficaram um pouco mais por lá, e foram embora, afinal já estava tarde e eles teriam que ir caminhando.

Quando eles estavam indo para casa, eles não voltaram pela avenida, e Nina ficou um pouco desapontada, pois não passaria pelo mesmo lugar onde havia visto Lucas. A volta demorou um pouco mais, e Nina chegou em casa um tanto quanto cansada. Ela resolveu tomar um banho, pra relaxar um pouco, pegou um pijama na gaveta e foi para o banho. Apesar de ter sido um dia com bastante calor, a noite estava um pouco mais fria, e ela deixou a água quente escorrendo por suas costas. Marina demorou mais que o tempo necessário com o seu banho, e só saiu quando sua mãe começou a reclamar.

Ela se vestiu e se preparou para dormir, não estava tão tarde, mas ela havia tido um dia longo, e também, teria aula logo pela manhã, precisava descansar. Ela deitou em sua cama, mas não conseguia dormir, e começou a fitar as estrelas que havia em seu teto, daquelas que brilham no escuro. Não é difícil adivinhar em que ela pensava: Lucas, como sempre. Ela não conseguia entender como ele podia agir de forma tão diferente com ela cada vez que a via. Era como se existissem dois Lucas: um que gostava dela e outro que nem a conhecia. Mas ela já estava envolvida demais para sequer se afastar dele, e se caso realmente existisse esse Lucas que não a conhecia, ela iria fazê-lo conhecê-la e gostar dela, assim como o outro Lucas. Assim que ela chegou a essa conclusão, percebeu que já estava ficando maluca. “Dois Lucas? Sinceramente, Marina, é hora de dormir!”, pensou ela. E naquela noite, foi a primeira vez que ela sonhou com ele enquanto estava dormindo. No sonho, eles estavam juntos e felizes, em lugar muito bonito, que Marina não conhecia. Caminhavam de mãos dadas por um caminho de pedras, cercado por uma grama muito verde e tulipas vermelhas, uma paisagem que lembrava muito a Holanda. De repente, Lucas parou e Marina continuou andando uns dois passos à frente, e quando ela se virou para trás para vê-lo, ele não estava mais lá. Ela se virou para frente novamente, a paisagem havia sumido. Ela olhou ao redor, e ela estava sozinha. Havia apenas ela no meio do nada. Marina acordou assustada.


"Dessa vez, como prometido não demorei a postar. Vou tentar fazer uma postagem semanal, e provavelmente o dia das postagens será sempre a quarta-feira. Desculpem o tamanho dos capítulos, mas minha criatividade não me deixa ir além. ;) Agora tem a comunidade, queria pedir a participação de vocês, segue o link: http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=56949496 . Continuem comentando, é muito importante pra mim. Muito obrigada a todos vocês!"


- Memórias de um passado que não é real. (♫)

7 comentários:

  1. Nossa, pequeno :(( mas bom *-*
    Escreve melhor a cada dia ;D Só quarta agora? D:


    -

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  2. como disse, minha capacidade mental me impossibilita de escrever mais que 1000 palavras em um capítulo, mas talvez eu poste antes de quanta. ;)

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  3. Ahh tou muito curiosa, quero saber logo o que Lucas tem de tão misterioso =D
    Parabéns ta otimo.


    eu ja post o capitulo 2 se tiver um tempo passa lá ;**

    http://sahraquelgba.blogspot.com/2009/04/capitulo-2-realidade.html

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  4. aai, menino de camiseta e oculos escuro é tudo
    *-* EUOAIWUEOIWUIUE
    vai ver ele sofre de personalidades multiplas,-comofas, IOUEAOWIEUAOWIUE
    capitulo 9 capitulo 9 (h5)

    beeijos :*

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  5. Qual será o mistério de Lucas?
    Poxa só uma vez por semana? T.T
    Otimo capitulo!
    Beijooo

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  6. se eu te falar que conheço um menino paaarecido com ele voce acredita ?AOEIUAOWIEUAOWUEOIUWE
    tipo ele é mó bunitinho e mtomtomto romantico, quase um Rick da vida -morri , EOIUAOIEUWOIEUIE
    noossa, eu tentei ser o mais romantica possivel naquele capitulo ! cara eu mo me imagino no lugar da Nikki, *-------* eu quero um Rick pra mim -comofas?
    EOIUAOWUEOAWUEOIAWUEOU

    beeijos e sinto falta do Lucas *-*

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  7. aah, apresento sim *-* OIUEOAIUEOIUWEOIU
    ah posha, mesmo o lucas sendo esquisito eu gostei dele *-* EUAOUAWOIEUAWOIEUAOWIEU

    aah, um dia voce se livra deele,ou quem sabe nao é pra vc se livrar, OIEUAOUEIE ;)

    beijos :*

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