quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Dúvida - Opinem por favor....

Oi meus amores!
Estava eu num momento raro de escritora.... (ok vamos ao que interessa)
O que vocês acham de eu mudar o ponto de vista da história?
Assim, ao invés de um narrador contando a história, a própria Marina contando. Ficaria bem parecido com um diário, mas também tem a vantagem de mais detalhes, mais descrição nos capítulos. Dai assim, dependendo da conclusão em que chegarmos (sim, eu vou fazer o que vocês decidirem) se for por mudar o ponto de vista, eu começaria daqui e lá pelo quase final transformaria os nove primeiros capítulos para o ponto de vista dela. Aguardo opiniões para a postagem do capítulo dez que será como decidirem!

Beeeeijos!
e sigam-me @ilovedavecasali

O que hoje você vê

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Continuação do Cap.12 e Cap.13

Como aqui tem mais seguidores, resolvi continuar a história aqui e no novo endereço.
Acompanhem o novo formato no blog "O Que Hoje Você Vê"

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Continuação Capítulo Doze - Cicatriz

Já não era a primeira vez que Lucas acabava na sala da coordenação, e dessa vez ele foi avisado de que se continuasse assim, teriam de tomar medidas drásticas como além de chamar-lhe os pais, uma possível mudança de turno. Portanto teria que “andar na linha”. Marina ficou realmente preocupada com isso, pois se caso ele mudasse de horário, ela praticamente não o veria mais, e ela não sabia o que seria dela sem vê-lo quase todos os dias.

Marina e Patrícia entraram na sala e se explicaram com a professora, que entendeu perfeitamente, e pediu-lhes que isso não voltasse a se repetir, e que acompanhassem a aula em silêncio. E foi isso que elas fizeram. Lucas não entrou na última aula, nem Eduardo. Ao final da aula, Marina estava ansiosa para falar com Lucas, mas não o viu.

Quando se gosta de alguém, se quer o melhor pra esse alguém, e era assim que Nina se sentia em relação a Lucas. Ela se preocupava muito com ele, e não gostava nem de pensar na idéia de não vê-lo no colégio.

Naquela mesma semana, Salete, tia dela, pediu que ela cuidasse de seus dois filhos menores, Aline, de três anos e Alexandre de um ano, enquanto ela estivesse fora, já que Amanda, sua outra filha estudava na parte da tarde e não poderia cuidar deles. Marina, que não fazia nada mesmo no período da tarde, aceitou. Além do mais, lá era bem perto da casa de Lucas.

Então, Marina começou a cuidar das crianças todos os dias, não era por muito tempo, apenas três horas por dia, das 14h às 17h, quando ela saia para buscar sua irmã, Renata, na creche que também era ali por perto. Nina sai do colégio, almoçava, fazia suas lições, dava uma arrumada na casa e, às 13h50 saia de casa. O caminho era curto, e ela resolveu que sempre iria pelo caminho da avenida, que era por onde ela passaria na frente da casa de Lucas. No primeiro dia em que ela foi cuidar das crianças, ela não encontrou Lucas sentado na pequena mesa branca que ficava do lado de fora da lanchonete, como ela havia imaginado. Isso a decepcionou um pouco, pois ela queria encontrá-lo, queria falar com ele, ele estava muito sumido no colégio, faltando muito e, quando ia, saía mais cedo. Talvez se ela o encontrasse, poderia saber o que de fato estava acontecendo. Mas não foi daquela vez.

Cuidar de Aline e Alexandre não foi nada difícil, uma vez que quando Nina chegava a casa, Alexandre estava dormindo – e permanecia assim até próximo ao horário em que a mãe dele chegaria – e Andressa ficava assistindo a DVDs – o que fez Marina decorar os filmes: “Por água abaixo”, “Madagascar”, “Alladdin”, “Mulan”, entre várias outras histórias infantis. O tempo passava rápido, e logo era a hora de buscar Renata e ir para casa. Às vezes, Salete demorava um pouco mais e, quando buscava Amanda na escola, buscava também Renata na creche. Em ocasiões como essa, Marina ficava até mais tarde na casa de Salete, pois Amanda gostava muito dela e não a deixava ir embora até que estivesse realmente muito tarde para que ela ficasse acordada.

Assim que descobriu que Marina e Lucas se conheciam, Amanda começou a contar a todos que eles eram namorados, que Nina era apaixonada por ele, que eles iam se casar, e várias outras coisas do gênero. Não que ela não gostasse de ouvir isso e que não quisesse que fosse verdade, mas também ela não precisava anunciar. Amélia, mãe de Nina, começou a implicar com ela em relação a isso, acreditando em parte das coisas que Amanda dizia. Marina negava, afinal não era mesmo verdade, pelo menos não tudo.

Certa vez, depois de passar uma tarde quase inteira cuidando das duas crianças, Marina estava saindo da casa de sua tia para buscar sua irmã, e quando, automaticamente, olhou para a lanchonete, que ficava logo na esquina, viu que Lucas estava lá. Ela foi andando rápido para pegar Renata na creche o quanto antes e decidiu que iria para casa passando pela casa de Lucas. Era bem mais longe, mas talvez valesse a pena. Ele ainda estava lá, sentado em uma cadeira branca de plástico encostada na parede da lanchonete, com uma calça jeans, camiseta azul-claro, all-star azul, um boné preto e um óculos escuro, observando a rua – não havia movimento na lanchonete. Os raios solares de um quase pôr-do-sol faziam um jogo de luz e sombras em sua face, que era simplesmente fascinante. Em um movimento rápido, como se soubesse quem estava se aproximando, Lucas virou o rosto na direção de Marina, a viu e sorriu aquele sorriso que ela mais gostava. Ele se levantou e esperou por ela, que estava a poucos metros. Ela chegou e o cumprimentou com um beijo no rosto.

- Oi Lucas!

- Oi Nina! Oi menininha que eu não lembro o nome! – ele riu.

- Renata. Diz oi pro Lucas, Rê.

- Oi. – disse Renata, tímida.

- E aí, tudo bem? – perguntou Marina.

- Aham. E você?

- Também, também... Só na vida boa aqui?

- Pois é, só aqui admirando a paisagem. – ele sorriu novamente, deslumbrando-a.

- Não vai mais pro colégio, não?

- Vou sim. É que eu tinha que resolver algumas coisas, mas acho que segunda-feira eu vou.

- Sei. Sério, faz falta você lá. – Marina ficou vermelha.

- Nina, eu quero sorvete. – Renata interrompeu. “Salva pelo gongo”, Marina pensou.

- Renata, não! Hoje não dá.

- Sorvete de quê que você quer? – perguntou Lucas à Renata.

- De abacaxi. – respondeu ela.

- Lucas, deixa. Depois ela esquece, eu to sem dinheiro aqui.

- Depois a gente vê isso, agora deixa ela tomar o sorvete.

Ele caminhou até o interior da lanchonete, e pegou um sorvete de abacaxi para Renata.

- Ninguém merece você, hein Renata?!?! – Nina sussurrou.

- Mas eu queria sorvete! – ela disse.

- Pronto. Toma o seu sorvete. – Lucas entregou o sorvete nas mãos de Renata.

- Como que se fala, mocinha? – perguntou Nina a ela.

- Obrigada. – disse Renata.

- De nada! – Lucas respondeu.

- Lucas, é sério, não precisava.

- Depois a gente acerta. E eu vou cobrar. – ele parecia malicioso.

- Vai amanhã pro colégio? – Nina perguntou.

- Amanhã é sexta-feira, já que faltei praticamente a semana inteira, acho que não vou amanhã não.

- Você quem sabe. Então, até depois. – ela se despediu.

- Até amanhã. E tchau Renata!

- Amanhã?

- Tchau. – Renata respondeu, tomando seu sorvete.

- É. Você não vai na casa da sua tia amanhã?

- Sim, vou. Então, ok, até amanhã. – e foi dar um beijo em seu rosto novamente. Ele, propositalmente ou não, virou um pouco o rosto, fazendo-a quase beijar-lhe os lábios. Ela apenas virou as costas e saiu. Uns quatro passos à frente, ela se virou para olhá-lo, ele também a estava olhando e sorrindo. E como se não fosse muita novidade, tudo o que Marina podia pensar depois disso, era apenas ele: Lucas. Como ele fazia isso? Hipnotizá-la de tal maneira?



Capítulo Treze - Erros em Comum

No caminho pra casa, Marina estava completamente deslumbrada, mal conseguia se concentrar em Renata, andando perto dela com seu grande sorvete de abacaxi nas pequenas mãos. Mas ela precisava sair do transe, não podia se descuidar da irmã, elas estavam em uma rua movimentada e Renata é muito pequena ainda para cuidar de si.

- Era só o que me faltava, hein mocinha? Que folga...

- Eu já disse, Nina, eu queria sorvete.

- Mas eu não tinha dinheiro pra comprar, é feio fazer assim.

- Mas o teu namorado me deu.

- O Lucas não é meu namorado, Renata! – “infelizmente”, ela completou mentalmente. – Ele é só meu amigo, lá do colégio.

- Tanto faz, ele me deu.

- Não é pra fazer isso de novo, ok?

- Por quê?

- Porque não, Renata! E toma logo esse negócio que tá derretendo, vai fazer uma meleca.

- Tá bom, tá bom.

Não demorou muito para que elas chegassem em casa. Renata havia se sujado com o sorvete, e Marina a pôs pra tomar banho. Enquanto isso, ela deitou em sua cama e ficou olhando a parede. A persiana estava entreaberta e passavam alguns raios do pôr-do-sol, e faziam desenhos alaranjados na parede. Ela pensava “nele”, como ele era tão amável às vezes, tão querido... Lembrou da frase que ele disse: “E eu vou cobrar”.

- Com aquela carinha de “anjo”, será que ele estava falando de dinheiro? – Nina disse, em um tom quase inaudível. – Só pode, afinal... Acorda menina! No que você tá pensando? Ele nunca ia querer nada comigo...

- Niiiiiiiiiiiiinaaaaaaaaa! Acabei. – Renata gritou do banheiro.

- Já vou! – ela respondeu à irmã com um grito, e disse pra si mesma em um tom mais baixo: - Deixa prá lá, não seremos mais que amigos... Infelizmente. Ok passou. – ela murmurou, e gritando para Renata, disse: - Já to indo Re, desliga o chuveiro.

O final da tarde passou rápido, assim como a noite que se aproximava. A rotina na casa de Marina era sempre a mesma: Seus “pais” chegavam, eles faziam um lanche, assistiam um pouco de televisão e dormiam, às vezes Nina ficava acordada um pouco mais, na internet.

Na manhã seguinte, ela acordou no mesmo horário de sempre, às 6h, tomou um banho rápido para não perder tempo, colocou seu uniforme e terminou de se arrumar. Enquanto isso, seu padrasto, Roberto, preparava o café da manhã. Assim que terminou de se arrumar, Nina tomou rapidamente seu café e se apressou em trocar Renata, pois já estava quase na hora de saírem. Ela estava certa de que não encontraria Lucas pelo caminho, pois ele mesmo havia dito a ela que não iria ao colégio naquele dia.

Marina deixou Renata na creche e foi para o colégio a passos lentos, pois tinha tempo suficiente para chegar lá sem precisar “correr”. Ela estava alheia aos movimentos na rua, e despreocupadamente procurava em sua mochila seu mp3player, encontrou-o e colocou pra tocar “The Take Over, The Break’s Over” de Fall Out Boy. Ela estava distraída, concentrada apenas na música que ouvia e no caminho que tinha que seguir, e não prestou atenção quando passou na frente da casa de Lucas, como costumava fazer. Ele estava saindo de casa, indo para o colégio também, contradizendo o que havia dito à Nina. Lucas chamou por ela, mas ela não ouviu. Ele apressou seus passos, alcançando-a facilmente, já que ela estava andando mais devagar que o normal. Ele a segurou pelo braço, assustando-a um pouco. Ela tirou um de seus fones do ouvido, e olhou para ver quem era. Um sorriso surgiu em seu rosto quando ela viu que era Lucas.

- Me espera! Eu te chamei, mas você não me ouviu. – ele disse soltando seu braço.

- Desculpa, eu tava ouvindo música. – ela apontou o fone de ouvido agora em sua mão enquanto parava a reprodução da música. – Mas, você não disse ontem que não viria para a aula hoje?

- Mudei de idéia. Posso ir com você?

- Cla- Claro. – ela gaguejou. – Vamos.

- Que aula que tem hoje? To sem o horário... – ele começou conversar com ela.

- Também, é turista no colégio. Na sala eu passo pra você, não vou tirar meu caderno agora da mochila...

- Ok. Então, o que você tá ouvindo ai?

- Ahn. Agora nada. Antes era Fall Out Boy.

- Posso ouvir com você?

- Ok. – ela lhe entregou um dos fones, e apertou o ‘play’ novamente. – Desculpa pela minha irmã ontem.

- O que? – ele parecia não ter ouvido direito. – Repete o que você disse.

- A minha irmã, ontem. Quanto eu te devo?

- Ah, imagina. Por enquanto, nada. – ele sorriu.

- Como assim, por enquanto?

- Deixe quieto. Que músicas mais você tem ai? – ele mudou de assunto.

Eles foram juntos para o colégio, conversando aleatoriamente. Chagando lá, separaram-se e foram cada um ao encontro de seu grupo de amigos. Logo bateu o sinal, anunciando a hora de entrar nas salas, e Marina e suas amigas Patrícia e Fernanda, entraram. Ao entrar, ainda havia muita gente fora da sala e o professor que daria a primeira aula, Airton, de Física, ainda demoraria um pouco pra chegar, então elas puderam conversar um pouco.

- E o Lucas? – começou Fernanda.

- O quê?

- Estão juntos ou...?

- A gente?

- Dá pra parar de me responder com perguntas Marina?! – Fernanda subiu um oitavo seu tom de voz.

- Ok, ok, calma. – respondeu ela, sorrindo. – Não, não estamos juntos! Todo mundo deu pra falar isso agora...

- Mas eu vi vocês chegando juntos no colégio... – Patrícia disse.

- É, a gente veio junto, mas não tem nada de mais.

- Pessoal, vamos sentar. Luis sai da porta e vai pro seu lugar. – o professor havia chegado à sala de aula e tentou colocar alguma ordem na turma, coisa que não conseguiu, como sempre. Pelo menos Marina e as meninas pararam de conversar e tentaram prestar atenção na tentativa de aula de Física que teriam naquele horário. Lucas não entrou na sala nessa primeira aula nem nas duas seguintes que antecediam o intervalo. “Se é pra não entrar em nenhuma aula, pra quê acordar cedo e vir pro colégio?”, pensou Nina, “Se fosse eu, eu nem viria. Ainda bem que eu não sou ele.”

Durante o intervalo, ela não viu Lucas em lugar nenhum, apesar de saber, de alguma forma, que ele ainda estava no colégio. Patrícia, que estava andando com ela, como de costume, percebeu que ela estava procurando por ele, mas não disse nada. Os vinte minutos do intervalo passaram incrivelmente rápido e, ao voltar para a sala, Marina esperou ansiosamente por Lucas na porta. Mas ele não foi pra sala.

Ela já estava preocupada. Será que tinha acontecido alguma coisa? Ou era só ele matando aula descaradamente? Ela preferiu acreditar na segunda opção, que certamente era a correta. Fernanda percebeu a aflição de Marina e foi conversar com ela.

- Nina, tá tudo bem?

- Oi? Ah, é, tá, tá sim. Por quê?

- Você tá esquisita.

- Eu sou esquisita, Fernanda.

- Err... eu sei que você é, mas agora você tá mais. Aconteceu alguma coisa?

- Acho que não.

- Hmm...

- Você viu o Lucas na hora do intervalo?

- Ah... o Lucas??? – ela perguntou, um grande sorriso brincando em seu rosto.

- Só responde, Fernanda!

- Vi de longe só, ele tava lá pra cima, perto do bloco A, com uns amigos dele.

- Ele não entrou em nenhuma aula.

- É mesmo, não sei por que veio pro colégio.

- Precisava falar com ele, mas...

- Ah... vocês dois.

- Não enche, Fer!

As duas últimas aulas demoraram como séculos a passar. Marina estava quieta, pensativa, mal prestou atenção na matéria dada. Várias vezes Patrícia e Fernanda a chamaram, mas ela ignorou, não por falta de educação, apenas não estava ali as ouvindo. Ela até queria ouvir músicas em seu mp3player, não faria muita diferença, pois não estava prestando atenção em nada mesmo, mas no colégio era proibido qualquer tipo de eletrônico.

O sinal tocou anunciando o término das aulas naquela manhã, Nina guardou suas coisas, encontrou o player dentro da mochila, guardando-o no bolso de seu casaco. As meninas a esperavam impacientes na porta da sala. Nina ajeitou sua mochila nas costas, colocou o fone no ouvido, apertou o play em “Sempre Quis” da banda Strike e colocou o capuz de seu casaco. Saiu da sala a passos lentos, acompanhando Patrícia. Fernanda e Mily iam na frente.

Já fora do colégio, próximas ao portão, elas se despediram, e Nina seguiu em direção à sua casa. Pouco mais de quatro passos à frente, se surpreendeu com Lucas andando ao seu lado. Ela novamente tirou um dos fones do ouvido e parou a reprodução da música para falar com ele.

- Você por aqui? Pensei que tinha ido embora...

- Não, eu tava aqui te esperando.

- Hum... não ficou no colégio?

- Fiquei.

- Mas por que não entrou nas aulas?

- Ir pro colégio é uma coisa, ter aula é outra bem diferente.

Lucas estava claramente diferente. Parecia mais “alegre” que o normal, fora de seu juízo perfeito, se é que ele tinha algum.

- Você tá bem? Tá esquisito...

- Eu? Eu to ótimo!

- Tá. Vou fingir que acreditei. O que você ficou fazendo a manhã inteira no colégio sem entrar em nenhuma aula?

- Tava lá com uns amigos meus zoando um pouquinho.

- Mau-caráter! – ela fez cara de desapontada, brincando.

- Eu sou anjo! – ele juntou as mãos, como em uma oração.

- Com certeza! São Lucas!

- Viu? Eu disse... – ele deu o seu sorriso preferido, e ela não pôde deixar de sorrir de volta.

- Eu tenho que ir embora, você vai descer a rua?

- Não, eu vou com você. Posso?

- Claro... então vamos.

- Você não tá no seu juízo perfeito, né?

- Claro que eu to, to do lado de uma menina linda. – ele sorriu de novo.

- Engraçadinho! Sério, o que você tava fazendo no colégio?

- Só umas coisinhas, nada de mais.

Ele passou um braço pelas costas dela, andando abraçados. Os amigos dele que caminhavam logo atrás deram gritos de incentivo. Marina começou a perceber que algo estava errado, pelo menos pra ela, e tirou o braço dele de trás de suas costas, mas ainda permanecendo bem próxima a ele.

- O que seus amiguinhos estão gritando ali atrás?

- Nada não, nem ligue pra eles. – Lucas olhou disfarçadamente para trás, aparentemente pedindo que se calassem.

- Sei...

Ela novamente a abraçou, e os meninos gritaram novamente. Dessa vez, ela conseguiu entender o que um dos garotos disse, “Beija logo, Lucas!”, e não gostou nem um pouco do que ouviu. Ela deduziu rapidamente que Lucas queria ficar com ela apenas para mostrar aos amigos, e tentou se afastar dele novamente, mas dessa vez ele a segurou pela mão, entrelaçando os dedos. De fato, era uma sensação boa, mas a situação não era nem um pouco agradável. Ele estava ali só para exibir ela, como um prêmio qualquer.

O ponto em que teriam que se despedir havia chegado. Ela tentou soltar sua mão, mas ele a virou de frente pra ele e segurou sua outra mão. Ele aproximou seu rosto para beijá-la, mas ela se afastou dizendo: “Tchau Lucas”. Ele não parou, e a abraçou, deixando-a presa em seus braços, ainda tentando beijá-la. Ele murmurou:

- Eu disse que ia cobrar.

- Não é assim que você vai conseguir alguma coisa. Me larga. – disse Marina, tentando se soltar.

- Vamos, é só um beijo.

- Não Lucas! Me solta!

- Eu não vou te soltar.

A cena em si começou a chamar a atenção das pessoas em volta. Marina ficou envergonhada.

- Lucas, é sério, me solta. Segunda-feira a gente conversa, tá? Quando você tiver normal.

- Você ainda tá me devendo. – ele disse soltando-a e tentando mais uma vez beijá-la, enquanto seus amigos observavam do outro lado da rua. Ela virou o rosto e ele deu um beijo em sua bochecha.

Carol, que passava por ali naquele exato momento, parou para falar com Marina.

- Nina, o que aconteceu?

- Ai, o Lucas que não tá bem e tentou me agarrar. Menino doido.

- Marininha arrasando corações!

- Quem dera... deixa eu ir que eu já demorei demais aqui. Até segunda, Carol.

- Tchau Nina.

Marina seguiu para casa, hiperventilando. Ela estava furiosa com Lucas por ter agido daquela maneira, mas mesmo assim ela havia gostado da sensação. “Por que ele fez isso comigo? Se não fosse aqueles malditos amigos dele! Não... eu simplesmente não podia me vender por tão pouco! Aposta com os amigos? Era só o que me faltava. Por que eu gosto tanto desse menino?”, pensava ela.

Chegando em casa, Nina tirou os tênis e a mochila e se jogou na cama, ficando assim por muito tempo só pensando em como poderia ter aproveitado da situação pra ficar com o menino por quem ela era completamente apaixonada, e se arrependendo de não ter o feito. Mas agora já foi, será que haveria outra oportunidade?


quarta-feira, 1 de julho de 2009

Novo Endereço

Oi meus amores!
Então, queria dar algumas notícias pra vocês...Mudei o nome da história, agora é "O Que Hoje Você Vê", espero que não se importem. A história continua a mesma, mas eu juntei alguns capítulos - tinha uns muito curtinhos - e agora ao invés de 12, tenho 8 capítulos. Assim, o capítulo 12, agora 8, foi extendido, e eu já posto lá. Espero que me sigam lá no novo blog, que é O QUE HOJE VOCÊ VÊ.

http://o-que-hoje-voce-ve.blogspot.com/

Obrigada! ;)


***UPDATE***

CAPÍTULO 8 POSTADO LÁ. LEIAM! :)

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Extra - Prefácio/Prólogo

"Eu tentei não me envolver, mas foi em vão.
E foi assim, eu me apaixonei sem me importar se era ou não recíproco.
Por vezes pensei que era só atração, por outras parecia só diversão, mas da minha parte eu tinha certeza: era mais que paixão.
Começou como um sonho, tudo era perfeito até que me dei conta de que foi só ilusão.
Mas a essa altura já era tarde, eu não controlava mais meus sentimentos.
Sabia que ia sofrer, mas já não podia mais esquecer.
Os momentos que passamos juntos, tudo o que foi dito, cada sorriso, cada gesto, estava tudo gravado em minha mente.

Hoje eu sei que jamais vou esquecer.
Não me arrependo de nada que eu tenha dito ou feito, afinal, a única culpada nessa história sou eu, por ter amado tanto alguém que não podia me oferecer o mesmo, ou pelo menos uma fração do que eu esperava.

Cada lágrima derramada não foi o bastante pra me fazer esquecer.
Cada "não" que ouvi não foi suficiente para o meu coração entender.
Nada do que eu faça vai mudar o amor que eu tenho guardado, nem mesmo as atitudes que tanto me machucam.
É impossível esquecer a pessoa que mais me fez feliz pelo simples fato de existir, mesmo sabendo que essa mesma pessoa foi a que mais me fez chorar pelo simples fato de não me amar."


Oi meus amores! Eu não esqueci de vocês não.... estou voltando a escrever e acho que agora é pra valer. Mas enquanto eu não tenho o capítulo 13 pronto e queria dar essa notícia pra vocês, estou postando esse extra, que vai ser o Prefácio/Prólogo (ainda não decidi) escrito por Marina. Capítulo 13 sai na próxima quarta-feira ou quando for terminado, o que vier primeiro (se eu terminar antes de 4ª, lógico). Bom, é isso. Espero que gostem. Beeeeijos! ;*

terça-feira, 19 de maio de 2009

Desculpem.

Eu vou ficar um tempo sem postar.
Prometo que volto.
Não tenho nada descente pra escrever pra vocês.
Não agora.
Sem mais, não me esqueçam.

- Lembrar é fácil para quem tem memória, esquecer é difícil para quem tem coração.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Capítulo Doze - Cicatriz

Na maioria do tempo em que estavam relativamente juntos, Lucas e Marina pouco se falavam. Às vezes isso era bom, às vezes não. Mas também havia as vezes em que Lucas tentava se aproximar dela, mas ela tinha muito medo de voltar a se envolver, porque coincidentemente isso sempre acontecia quando ela estava conseguindo não pensar tanto nele, e ela sabia que, se caso retribuísse de imediato às investidas de Lucas, certamente o dia seguinte não seria um bom dia, que ele não daria a mínima atenção a ela, que só seria mais um dia triste. Talvez ela só estivesse sofrendo por antecedência, mas ele estava sempre tão perto e tão longe, e experiências passadas deixavam bem claro como ele agiria.

Lucas estava muito desleixado com os estudos nos últimos dias, sempre faltando às aulas, e quando comparecia ao colégio, não entrava em nenhuma aula, andava esquisito. Marina não gostava de vê-lo assim, ela se preocupava com ele, sabia que agindo assim poderia perder o ano, o que não era nada bom pra, já que era repetente, mas ele nunca levava a sério as preocupações dela, quando, ocasionalmente ela falava algo sobre isso.

Certa vez, durante um intervalo, Marina e Patrícia estavam andando juntas pelo pátio do colégio, como de costume. Lucas estava com alguns amigos na quadra, só havia comparecido à primeira aula daquele dia, e não pretendia entrar nas duas últimas, que eram ambas de Português. O sinal havia tocado, e os alunos tinham um tempo de cinco minutos de tolerância para entrar nas salas. Estava um grande tumulto de alunos nos corredores, e Marina e Patrícia estavam perto da entrada do prédio A, que ficava no extremo inverso do prédio onde era a sala delas, que ficava no prédio D, logo teriam que passar por todos os alunos, seguindo em uma quase ‘contramão’. Patrícia, para se apressar, segurou Marina pelo braço e foi na frente, passando por entre os alunos, e puxando Marina consigo. De repente, Marina chocou-se com um garoto que passava no mesmo momento em que Patrícia a puxou, o que a fez se desequilibrar e cair ao chão, machucando as mãos.

Patrícia ajudou-a a se levantar e foram até a cozinha do colégio, onde Marina lavou as mãos enquanto Patrícia pedia para a senhora que cuidava da cozinha uma pedra de gelo. Já havia se passado dez minutos desde que o sinal batera logo elas não poderiam entrar na sala. Elas saíram da cozinha, caminhando em direção à quadra do colégio, que era o único lugar onde elas poderiam ficar, já que não haviam avisado nem a professora nem a nenhuma pedagoga o motivo pelo qual não haviam entrado na sala. Marina segurava o gelo junto ao corte que havia feito em sua mão direita, próximo ao polegar, não adiantava muito, mas pelo menos amenizava a dor.

Entraram distraidamente na quadra, onde várias turmas estavam tendo educação física. Passaram pela primeira quadra, e estavam indo sentar-se à grama que dividia as duas quadras que ali ficavam. Marina não estava muito contente com a idéia de estar fora da sala durante uma aula, com todo o seu material dentro da sala, e se deu conta que estaria perdendo duas aulas, considerando que eram as duas da mesma disciplina, e certamente não as deixariam entrar. Essa sua preocupação se amenizou, assim que chegaram à grama, e viram, no canto esquerdo da quadra, sentado em um banco improvisado, com mais um colega de sua turma, Lucas, que como Nina já imaginava, não havia entrado na sala. Ela e Patrícia foram lá com eles, Lucas e Eduardo. Lucas estranhou vê-las fora de sala e perguntou:

- Vocês aqui? A professora não veio?

- Não, ela ta lá na sala, é que a gente não entrou. – Patrícia respondeu.

- Por quê?

- É que, sabe, eu derrubei a Marina! – Patrícia disse rindo, e apontando para Marina, que ainda segurava a pedra de gelo sobre o corte.

- Nossa! Como você conseguiu isso? – Lucas perguntou, divertido com a cena.

- Não é muito difícil, ela é uma pessoa bem equilibrada, sabe? – eles riram. – Brincadeira, a gente tava indo pra sala, eu puxei o braço dela e ela caiu e cortou a mão. Daí a gente foi lá lavar a mão dela e pegar esse gelo, e não deu mais tempo de entrar na aula.

- Que feio, ficando fora da sala! – Lucas zombou.

- Olha só quem fala! – Marina retrucou.

- É, faz parte. – Lucas tentou se defender.

- A gente pode ficar aqui com você, Lucas? – Patrícia perguntou, sorrindo maliciosamente para Marina.

- Meu Deus, o Lucas tem mel! – Eduardo disse, olhando para as meninas e, esfregando a mão no braço de Lucas, continuou – Me dá um pouco desse mel, cara!

- Sai cara! – Lucas se afastou, brincando.

- Ai gente, ela machucou a mão. Vem aqui, senta aqui do meu lado que eu cuido da sua mão pra você! – disse Eduardo, batendo a mão no espaço vazio ao seu lado, convidando Marina. Ela fez uma cara de medo e deu um passo pra trás, brincando. Lucas se levantou.

- Não é assim que se chega numa menina, Eduardo, é assim ó. – Lucas foi andando até Marina, a cada passo que ele dava em direção a ela, ela dava um passo para trás, até que alcançou a grama, andando de costas, e não podia mais sequer dar um passo, pois havia um grande degrau. Foi onde Lucas continuou em direção a ela, e aproximou bem os seus rostos. Marina ficou sem reação, um pouco assustada, um pouco admirada, mas olhando em seus olhos, involuntariamente foi para trás e Lucas segurou em seu braço para que não caísse, o que os aproximou um pouco mais. Ele a puxou pra perto e a soltou, voltando a se sentar ao lado de seu amigo.

- Viu como é que faz? – perguntou ele a Eduardo.

- Tenho muito que aprender com você ainda! – zombou ele.

“Mais uma dessa e eu tenho um infarto!”, pensou Marina. O corte na mão dela deixou uma cicatriz, que não é só a lembrança de mais uma queda, mas também é a lembrança de uma situação um tanto quanto divertida que ela viveu com Lucas.

A professora Ge, de Português, não deixou passar em branco a ausência de Lucas e Eduardo, bem como a de Marina e Patrícia, o que era uma novidade, já que elas nunca haviam ficado fora de sala, e comunicou à inspetora, pedindo que os achasse e levasse à coordenação. Joana, a inspetora, logo apareceu na quadra chamando por eles, e os levou à coordenação, como a professora havia pedido. A pedagoga, Luisa, era bem compreensiva, e as meninas lhe explicaram o porquê de não estarem na sala, e mesmo questionando o fato de Patrícia não ser nenhuma médica e Marina não estar mutilada, aconselhou que entrassem na sala assim que tocasse o sinal para o início da última aula, caso a professora não deixasse, ela conversaria pessoalmente com ela. Já com Lucas e Eduardo foi diferente, pelo fato de eles estarem sempre faltando às aulas, e pediu que eles a esperassem, enquanto ela levava as meninas à sua sala, pois teriam uma séria conversa. Marina ficou preocupada com Lucas ao ouvir isso.



"Se não fossem vocês, certeza que eu já teria parado de escrever há muito tempo. É o carinho e a atenção de vocês que me faz continuar. Não está sendo fácil, mas eu vou continuar e no final vocês vão saber e vão entender como é difícil pra mim estar escrevendo cada linha por vocês lida. Muito obrigada mesmo. E comentem! Quarta-feira que vem tem mais um capítulo. Beijos!"



- Memórias de um passado que não é real. (♪)

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Capítulo Onze - Daqui pra frente a culpa não é minha

Até aqui você pôde ver que tudo que acontecia com Marina e Lucas sempre acabava da mesma maneira: ela triste a apaixonada, ele vivendo normalmente. A partir de agora tenho que admitir uma coisa: vai continuar assim. E essa pode se tornar uma história cansativa e repetitiva, e eu até entenderia se você parasse de ler agora, eu poderia até ajudar a ficar mais fácil:
“E assim Marina continuou sua vida apaixonada por Lucas e ele nunca se importando. Até que um dia ele percebeu que ela era o grande amor da vida dele, se declarou para ela e eles viveram juntos e felizes para sempre. FIM.”
Pronto, acabou a história. Mas eu estaria mentindo, e eu não estou aqui pra mentir, estou aqui pra relatar todos os fatos da vida de uma menina que teve todo o sentido de sua vida mudado quando conheceu um garoto esquisito e completamente diferente de todos os que já tinha visto e convivido, e se apaixonou por ele. E assim tentar descobrir até que ponto algo lhe faz bem e quando começa a lhe fazer mal. Tudo o que for escrito daqui pra frente, por mais inútil que possa parecer, é necessário para se poderem entender as atitudes de Marina, seus medos, seus desejos, seus sonhos, suas loucuras. Já adianto que “histórias de amor” nem sempre têm finais tão felizes como nos contos de fadas, mas se você quer mesmo saber como são os finais da vida real de uma garota real e um garoto real, sugiro que continue a ler. Caso contrário, pare aqui mesmo e acredite no final feliz, eles existem! Será até menos constrangedor para mim, simples narradora, que lhe propus uma história interessante e posso decepcioná-lo, leitor.
Se chegou até aqui e continua lendo, presumo que vá ir adiante. Então continuemos essa narrativa e vamos acompanhar o que essa paixão de Marina nos reserva. Desculpe-me os meus devaneios. Onde eu estava mesmo? Ah sim. Os medos e frustrações de Marina.
O tempo ia passando, e Nina ainda se via apaixonada por Lucas, mas ele sequer percebia. As amigas dela às vezes perguntavam se ela ainda gostava dele, mas ela respondia que não, que já havia passado, que agora eram apenas amigos. Ela podia mentir pra qualquer pessoa, menos pra si mesma. Ser amiga dele talvez tenha sido a pior opção pra Marina, se ela ao menos se afastasse dele, quem sabe poderia ser melhor para ela, quem sabe ela pudesse realmente esquecê-lo. Ela no fundo sabia que não era ela quem ele queria, e gostava demais dele para ser tão egoísta ao ponto de passar por cima das vontades dele para satisfazer as suas – na verdade Nina chegava a ser um pouco altruísta – e, por mais que não fosse com ela, ela apenas queria que ele fosse feliz. Mas nem sempre ela era tão pacífica assim, e nem sempre ele era tão alheio a ela assim. Houve vezes em que ele a provocava e ela se afastava, e vice-versa.
Marina havia encontrado um jeito de estar mais próxima de Lucas. Depois que descobriu onde ele morava, ela também soube que sempre passava na frente da casa dele pra ir ao colégio, e desde então começou a sair em horários diferentes cada dia para ver se em algum dele sela tinha a sorte de passar por lá justamente quando ele também estava saindo para o colégio. Um dia essa tática deu certo. Marina estava passando na frente da casa de Lucas, e ele saiu no mesmo momento. Ele a viu e pediu que ela o esperasse, virou-se, trancou a porta e caminhou em direção ao pequeno portão que os separava. Enquanto isso, ela rapidamente olhou o relógio do celular e viu a que horas ele saia de casa: 7h:15m. Talvez não fosse esse o horário que ele saia de casa todos os dias, mas ela decidiu estar por ali todos os dias mais ou menos nesse horário. Ele a cumprimentou com beijo no rosto, e foram caminhando lado a lado para o colégio. Não conversaram muito, apenas o normal para quaisquer pessoas educadas que estudava na mesma turma: “Oi, tudo bem?” “Estudou para aquela prova...” “Nossa, foi tão engraçado ontem...”. Assim foram mais alguns dias em que Marina conseguia ir junto com Lucas para o colégio, nenhum diálogo muito importante, mas pra ela, estar com ele já era mais que importante.
Numa segunda-feira, logo após a Páscoa, Marina havia ganhado além de ovos de chocolate, uma caixa de bombons, que resolveu levar para o colégio e dividir com suas amigas. No caminho, ela e Lucas foram juntos para o colégio, e ela lhe perguntou sobre como havia sido sua páscoa, apenas para manter uma conversa.
Já no colégio, durante uma aula de Química, a professora teve que ir atender a alguns pais de alunos de outras classes que queriam falar com ela, e deixou a sala sob a responsabilidade da inspetora, que apenas observava as conversas na sala. Marina, Patrícia, Fernanda e Mily estavam comendo os chocolates que Marina tinha trazido, e Lucas estava sozinho no fundo da sala. Marina, para chamar a atenção dele, pegou um bombom Serenata de Amor, e como na propaganda que passava na televisão, ela caminhou até ele com o bombom nas mãos, e disse:
- Serenata? – ela sorriu, um pouco provocando, um pouco envergonhada, oferecendo o bombom a ele.
- Eu não posso comer muito chocolate, meu café da manhã foi uma caixa de Bis! – ele se explicou.
- Uh, você é quem sabe. – ela abriu o bombom e o mordeu, enquanto ele apenas observava. Ela voltou para o seu lugar comendo o chocolate.
Chegando de novo ao grupo de amigas, Fernanda logo perguntou:
- Marina Becker! O que foi isso?
- Aii Fer, nada demais. Ele tava olhando lá sozinho e eu fui oferecer um chocolate pra ele. Só isso. Ele não quis meu Serenata. – “e pelo jeito nem a minha serenata, caso eu fosse louca o bastante pra isso” ela completou mentalmente.
- Ele não parou de babar em você um minuto! Ahhh Marina.... – as meninas riram.
- Nossa nada haver, vocês são todas maliciosas! – Nina acusou.
- Claro, foi bem a gente mesmo que foi lá provocar o menino. – Mily provocou Marina.
- Já disse que não tem nada demais entre eu e ele, somos apenas amigos – “Infelizmente” – e ele nem ficou “babando” em mim como vocês disseram, e eu não fui lá provocar ele! – “Ou fui? Gostei disso...” ela pensou.
Marina se interessou pela idéia de provocá-lo, ela não tinha notado, mas as meninas lhe disseram que ele havia ficado babando nela, e isso era bom. Mas dessa vez, foi um ato inconsciente, e das outras vezes, será que ela teria o mesmo resultado? Será que ela teria coragem o suficiente para provocá-lo, agora intencionalmente? Ela ainda era uma menina muito tímida.


"Próximo capítulo quarta-feira. Agradeço a todos que estão lendo, e mais uma vez me desculpe o tamanho do capítulo. Sinto informar, mas talvez eu pare de escrever "Mais que a Vida", por razões pessoais. Ainda não é uma idéia fixa, mas...."

- Memórias de um passado que não é real. (♫)

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Capítulo Dez - Descrevendo o indescritível

Apesar de todas as atitudes inesperadas de Lucas, Marina ainda se sentia inexplicavelmente apaixonada por ele, e também se sentia culpada pela forma que agiu com ele. Ela estava confusa, uma enxurrada de sentimentos, antes desconhecidos, havia inundado o seu coração, e Lucas era uma incógnita pra ela. Ela não sabia como agir, não sabia se havia feito a coisa certa ao ignorá-lo. E se ele jamais voltasse a procurá-la? Ela nunca se perdoaria por ter o deixado ir assim tão facilmente.

Marina estava sozinha em casa, e não conseguia nem de longe entender um pouquinho da personalidade de Lucas. Às vezes ele era gentil, às vezes grosseiro, agia de um jeito num dia e, no outro parecia nem ser o mesmo. Ele parecia ter várias personalidades, mas Marina nunca soube ao certo o que se passava com Lucas, sua única certeza era que o amava e que precisava estar perto dele, ainda que não fosse como ela realmente queria. Ela tinha que estar sempre com ele, sempre vendo ele, sempre perto dele, ainda que nem sempre fosse isso o que ele queria, ainda que na maioria das vezes ela só ficasse pior na presença dele, por ele parecer não compartilhar do mesmo sentimento. Mas pior que isso era quando ele dava certas esperanças a ela e logo em seguida as desfazia. Era como se ele gostasse de vê-la sofrer, era como se ele ficasse feliz cada vez que a via triste.

Como no dia em que Marina estava a caminho da creche. Estava um dia nublado, frio, não muito convidativo. Marina havia tomado um banho e saído de casa com o cabelo molhado, ela usava um jeans e uma jaqueta quente sobre uma camiseta azul-clara. No caminho, Lucas vinha no sentido contrário do outro lado da rua. Ela tentou não dar atenção, pois ele não havia falado com ela em nenhum momento daquela semana. Quando ele a notou do outro lado da rua, atravessou e foi em sua direção. Marina ficou meio apreensiva em falar com ele, mas ela não podia simplesmente ignorá-lo e passar direto – assim como ele costumava fazer – ela não conseguiria fazer isso. Ele parou em frente a ela, e lhe cumprimentou com um beijo no rosto.

- Oi Marina. – ele sorriu o sorriso preferido dela.

- Oi. – ela quase não respirava. Era incrível a influencia que ele tinha sobre as reações dela.

- O que você está fazendo por aqui?

- Eu tava indo buscar minha irmã...

- Ah sim, é verdade, ela fica na creche.

- É. E você?

- Eu tava indo ali no mercado, eu moro aqui perto.

- Legal.

- Sabe ali, aquela lanchonete, que fica naquela esquininha ali pra baixo?

- Sei.

- Então, eu moro ali. Vai lá qualquer dia.

- Ah claro. Qualquer dia eu apareço por lá. Mas deixa eu ir, que daqui a pouco eu me atraso pra buscar a Renata. Até depois. – Ele estava a convidando pra ir a casa dele? “Quem é você e o que fez com o Lucas? Por favor, não o devolva!” Marina pensou, brincando.

- Ok. Tchau Nina.

Marina desceu a rua que levava à creche, tentando recobrar o ritmo da sua respiração e de seus batimentos cardíacos que haviam aumentado enquanto ela falava com Lucas. Por mais que ele às vezes a tratasse mal, ela não conseguia não se derreter cada vez que estava próxima dele, ainda mais quando ele estava mais comunicativo, apaixonante.

Renata já estava esperando Nina, e elas saíram rapidamente da creche, voltando para casa. A rua era uma subida, e ao chegarem à esquina, viravam à esquerda. Quando elas viraram a esquina, Marina viu Lucas no mesmo ponto onde eles haviam se encontrado um pouco antes, agora ele voltava do mercado carregando uma sacola. Marina respirou fundo e tentou controlar sua felicidade em vê-lo novamente. Lucas parou novamente e falou com ela.

- Essa que é sua irmãzinha?

- É.

- Oi menininha! – Lucas falava com Renata. – Como é mesmo o nome dela? – perguntou para Nina.

- Renata.

- Oi Renata, eu sou o Lucas.

- Oi. – Renata respondeu baixa e timidamente.

- Que lindinha que ela é!

- É, ela não tem nada haver comigo. – Marina e Renata ao se pareciam em nada.

- Ela é linda que nem a irmã dela. – Lucas disse e saiu andando a caminho de sua casa.

Marina mordeu os lábios e se virou para ver Lucas indo embora, ele olhava para trás e sorria. Como ele conseguia ser tão inexplicavelmente apelativo para Nina? Ela poderia estar o mais zangada que fosse com ele, que com apenas um sorriso, ou nesse caso algumas palavras, ele já a fazia esquecer do porquê de ela estar triste com ele.

Mas nem sempre era assim. Lucas talvez tivesse algum problema ou quem sabe algo que o impedisse de estar com Marina, ou talvez não quisesse mesmo estar com ela, apenas gostasse de saber que existia alguém que sempre estaria disponível pra ele. Pois era assim que Marina aparentava estar, sempre disponível pra ele. Não que ela não estivesse, mas isso a prejudicava passava uma imagem de uma menina fácil, o que ela não era, ou não queria ser. Ela era uma menina incondicionalmente apaixonada por Lucas, o que a fazia ter medo de perdê-lo com qualquer atitude negativa que tinha com ele. Ela tinha muito medo. Medo de não o ver mais, de não mais falar com ele, de não mais estar com ele, isso seria insuportável pra ela naquele momento.

No colégio, Lucas era sempre indiferente com Marina, e quando se encontravam, por acaso, fora dele, Lucas era incrivelmente atencioso e educado, e amável e apaixonante com ela. O que a fez pensar que ele pudesse ter vergonha de falar com ela perto dos seus amigos, já que todas as vezes em que se viam fora do ambiente escolar eles estavam sozinhos. Cada indício de uma possível reciprocidade que ele dava a ela numa tarde em que se viam, morria logo pela manhã quando ele simplesmente parecia não conhecê-la. Nem mesmo as prováveis aulas de guitarra foram o suficiente para voltar a manter aquela antiga aproximação entre eles no colégio.

Lucas não mais tentou ficar com Marina depois do dia em que ela virou o rosto quando ele foi beijá-la. Ela se arrependeu de ter feito isso, mas consentiu que talvez não fosse pra haver nada mais do que uma amizade entre eles, já que ainda assim ela precisava da sua dose diária de Lucas em sua vida. E foi assim, tentando manter uma amizade com Lucas, que Marina conviveu com ele nos dias que se seguiram. Muitas vezes era difícil, pois ele não dava a mínima importância a ela, o que a fazia extremamente triste, chegava até mesmo a chorar tardes inteiras enquanto estava sozinha em casa, tentando entender o porquê de ele agir daquela maneira. Ela nunca perguntou nada e ele, e nunca descobriu tal motivo. Talvez fosse o fato de parecer intrometida ou algo do gênero, talvez fosse o medo da resposta.



"Como prometido, estou postando o capítulo dez hoje, quarta-feira. Desculpa a repetitividade e o capítulo curto. Não sei se ficou bom, mas enfim, opinem. Beijos e já vou indo que hoje eu não tô muito boa com as palavras. ;[

Obrigada por lerem e acompanharem, sério mesmo, de coração."



- Memórias de um passado que não é real. (♪)

terça-feira, 14 de abril de 2009

Capítulo Nove - Nada a não ser

Já era de manhã, mas ainda um pouco antes do horário que ela costumava acordar, ela permaneceu na cama, olhando as sombras que a fraca luz da aurora deixava em seu teto através da persiana. Marina pensava em como a vida dela havia mudado desde que conheceu Lucas, e em como havia mudado ainda mais depois da última quinta-feira. Todas as promessas que ela havia feito a si mesma em relação a se apaixonar já não tinham mais validade, mas ela ainda sentia medo. Medo de gostar de mais, medo de não ser correspondida, medo de fazer algo errado, medo de sofrer. Mas nenhum desses medos superava o que ela estava sentindo por Lucas. Ele era um garoto totalmente diferente de todos que ela já havia convivido, em todos os sentidos possíveis. Ela nunca sabia o que esperar dele, o que a fazia sempre querer estar perto dele e compartilhar de cada reação dele, por mais que isso, muitas vezes, a machucasse.

Não passou muito tempo, e Amélia, mãe de Marina entrou no quarto.

- Nina? Filha, hora de levantar. – Amélia chamou.

- Ta bom mãe, já vou.

Marina se levantou, e acendeu a luz do quarto. Andou até o guarda-roupa e abriu a gaveta onde ficava guardado o seu uniforme, o vestiu, e ligou a TV e o DVD. Colocou um cd, num volume baixo pelo fato de ainda ser muito cedo, e ficou ouvindo enquanto terminava de se arrumar. Ela ouvia “Um minuto para o fim do mundo”, de Cpm22, e depois algumas outras músicas da mesma banda. Nina terminou de se arrumar, e foi ver se tinha alguma lição pra fazer – por mais que ela fosse uma boa aluna, dificilmente tocava em seus materiais do colégio nos finas de semana. Sua mãe lhe chamou para que arrumasse Renata, pois já estava quase na hora de as duas saírem. Elas esperaram alguns minutos até dar 7h, e saíram.

Nina deixou Renata na creche, e no caminho para o colégio, Nina viu Lucas, indo alguns metros à frente. Ela sabia que mesmo andando rápido, não o alcançaria então ela continuou a andar em seu ritmo normal, e tentando adivinhar como ele estaria hoje: o Lucas que gosta dela ou Lucas que não gosta. Não demorou muito para que ela chegasse ao colégio, e logo encontrou Patrícia, que estava junto de algumas colegas. Nina sabia que Lucas já deveria ter chego, mas não o viu. Talvez ele estivesse em algum outro lugar do colégio, ela que não ia ficar procurando. O sinal tocou, e elas foram para a sala. Quando Nina entrou, viu que Lucas já estava lá, e não se deu ao trabalho de ir cumprimentá-lo, ela não sabia qual era o Lucas de hoje. Ele fez o mesmo. A aula começou, e passou rápido, assim como todas as outras aulas daquela manhã. No intervalo Nina e Patrícia fizeram o de sempre, ficaram andando pelo colégio, só que dessa vez, Lucas não estava em lugar nenhum. Marina até arriscou alguns olhares a sua procura, mas nada.

- Tá procurando o Lucas? – perguntou Patrícia.

- Talvez. – Nina respondeu, abaixando a cabeça.

- Vocês não conversaram mais?

- Não, ele nem fala mais comigo. A gente se viu ontem, mas foi só, não pude falar com ele, eu tava com a minha mãe... E, sei lá, ele é esquisito.

- Isso é, mas ele é muito legal. Você gosta dele, né?

- Preciso confirmar?

- É.... Não! Ta escrito na sua testa, em letras grandes e luminosas!

- Então por que que ele ainda não viu isso? Não custa nada ele falar comigo, dar ao menos um oi. Antes ele falava normal comigo, a gente conversava, ficava junto... E agora nada. Eu não entendo.

- Calma Nina, ele é assim mesmo, doidinho da silva!

- E eu sou uma retardada! Olha só no que eu fui me meter. Tinha que ser eu mesmo....

- É, só você mesmo Nina.

A conversa com Patrícia não ajudou em muita coisa, e Nina estava cada vez mais aflita, com mais medo do que poderia virar esse tal amor que ela sentia, que com apenas um gesto já a fez relembrar as suas antigas recordações de como eram os seus “amores”.

Mais tarde, já em sua casa, Marina tentava não pensar em Lucas, uma tarefa quase impossível, enquanto colocava as coisas em ordem: arrumava o seu quarto, lavava a louça, ouvia música, e qualquer outra coisa do gênero. Depois de terminar os afazeres, ela foi tomar um banho, pra relaxar um pouco. Durante o banho, ela decidiu que não correria atrás de Lucas, e iria apenas observar como ele estaria essa semana, quem ele seria a cada dia. As mudanças de humor e as atitudes contraditórias dele estavam deixando-a louca, ela precisava tentar entender o que acontecia com ele, precisava tentar conhecer quem era o Lucas por quem ela se apaixonou.

Marina novamente demorou mais que o tempo necessário, e quando olhou no relógio se assustou, pois já havia passado do horário de buscar Renata na creche. Ela apressou em se arrumar, e andou rápido até a creche. Por incrível que pareça, enquanto ela caminhava, não pensava em Lucas, apesar de saber que ele passava por ali todos os dias e que poderia encontrá-lo a qualquer momento – o que não aconteceu. O resto do dia de Marina foi monótono como sempre, ela foi dormir cedo, determinada a cumprir o que havia dito mais cedo: que essa semana apenas observaria Lucas, e quanto antes ela se desiludisse, mais fácil seria afastar-se dele. Ou não.

Os dois dias que seguiram, fizeram Marina acreditar que existisse apenas um Lucas, e infelizmente, era o que não gostava dela. Ele agiu de forma indiferente com ela, não falava mais com Patrícia, e isolava-se do grupo com que costumava estar. Parecia estar evitando a tudo e a todos, parecia querer fugir do mundo. Marina se desencantou um pouco com as atitudes de Lucas, ela estava magoada, talvez ficar longe dele fizesse bem a ela. Mas ele estava sempre tão perto, e tão longe.

Na quinta-feira daquela semana, Nina estava indo para casa com Andressa, depois de mais uma manhã sem novidades no colégio, e elas estavam conversando sobre qualquer assunto aleatório – uma prova ou algum trabalho – quando Andressa lhe perguntou sobre Lucas:

- E o menino lá, o Lucas, não falou mais ele?

- Não.

- Por quê?

- Ah, aconteceram algumas coisas, ou melhor, não aconteceram.... – Marina interrompeu sua frase ao sentir alguém segurando a sua mão. Ela olhou por impulso para a própria mão e foi subindo o olhar até que encontrou o sorriso perfeito de Lucas. Ela se assustou, e rapidamente voltou a falar com Andressa:

- Depois eu te falo, não dá pra falar agora.

Andressa ainda não tinha notado a presença de Lucas ao lado de Marina, e não entendeu o porquê de ela não poder falar.

- Fala menina!

- Não dá! – Marina sussurrou.

- Mas...

Marina inclinou o rosto levemente para Lucas, que estava caminhando quieto ao seu lado, e Andressa o viu. Ela logo entendeu o motivo por que Marina não podia continuar aquela conversa, e disfarçou para deixá-los sozinhos.

- Marina! Acabei de lembrar que eu tenho que falar urgente com a Camille, e ela tá lá atrás, depois a gente conversa.

- Depois a gente se fala. – Nina concordou.

Agora era só ela e Lucas andando de mãos dadas pelo mesmo caminho que há exatamente uma semana caminharam, que resultou no capítulo seis dessa história. Só que dessa vez a situação era diferente. “O que será que deu nesse menino? A semana inteira me ignorando, e agora de mãos dadas comigo? Ele está pensando que é quem? Que pode chegar quando quer e fizer o que der na telha? Não mesmo! Comigo não.” pensou Marina enquanto tentava sutilmente soltar a sua mão da dele. Lucas assim que percebeu que ela estava tentando se afastar, a segurou mais forte, o que a deixou irritada, e começou a conversar com ela.

- Tudo bem Nina?

- Poderia estar melhor. – Ela respondeu séria, de um jeito quase grosseiro.

- Nossa! Alguma coisa haver comigo? – ele agia naturalmente, como se estivesse com ela o tempo todo, e isso cada vez a irritava mais.

- Imagine. – ela usou um tom um tanto quanto sarcástico ao pronunciar essa frase.

Alguém alguns metros atrás chamou por Lucas, provavelmente algum amigo dele, e ele parou e se virou para ver quem era. Nina aproveitou essa pausa e se soltou dele, e continuou andando um pouco mais rápido, sem esperá-lo. “Como ele tem coragem de vir falar comigo como se nada tivesse acontecido? E ainda andar de mãos dadas. Mãos dadas! Era só o que me faltava... E piro do que isso é saber que apesar de todas essas esquisitices, eu gosto dele. Não tenho jeito mesmo!” ela pensava enquanto se distanciava de Lucas. Ele, ao terminar de falar com seu amigo, e perceber que Nina não havia o esperado, olhou em volta, procurando-a. Ela estava alguns passos à frente, e ele apressou-se para alcançá-la. Ela não olhava para trás, e quando ele chegou bem perto dela, ele a puxou por umas cordinhas que havia na mochila dela, fazendo-a parar bruscamente. Ele conseguiu irritá-la ainda mais. Ela parou e virou-se para ele, fazendo cara feia. Ele soltou as cordinhas e segurou em seu braço, dizendo:

- Ei, você não vai me esperar?

Ela apenas lhe lançou um olhar de desaprovação, deixando ainda mais claro o quanto ele estava irritando-a. Ele apenas soltou o braço dela e continuou caminhado ao lado dela, mas dessa vez, sem segurar em sua mão. Ele tentou conversar com ela, mas ela não estava muito comunicativa, pelo menos não com ele. Ele tentou falar sobre as aulas do colégio, também sobre as possíveis aulas de guitarra que ele daria a ela, voltando a falar que estava sem tempo, que estava trabalhando e etc., mas ela apenas assentia com a cabeça e passou todo o trajeto olhando para o chão. Ela gostava de estar perto dele, mas também não podia deixar que ele agisse como quisesse com ela, não era certo.

Finalmente chegou o ponto onde os dois se despediriam. Lucas parou e Nina continuou andando, as ele a segurou pelo braço, fazendo-a virar e olhar para ele.

- Então tchau. – ele se inclinou para beijar os lábios dela novamente, e ela virou o rosto. Ele deu um leve beijo em seu rosto. – Tchau Nina, até depois.

- Tchau. – ela respondeu friamente. Ela não gostava de tratá-lo assim, pois na verdade sua vontade era de beijá-lo, mas ela não podia. Não depois dessa semana tão estranha. Ela não podia deixá-lo fazer o que quisesse quando quisesse. O que ele pensaria dela? Que era só mais uma menina fácil que ele podia ter quando bem entendesse? Não, não seria assim.



"Eu disse que postaria na quarta-feira, no caso amanhã, mas consegui adiantar esse capítulo e resolvi postar hoje mesmo. E me surpreendi quando vi que esse foi o meu maior capítulo. Ok, ele não é muito grande, mas ficou bem acima da minha média, que é de 1000 palavras por capítulo, e esse teve 1800! Já é um avanço! ;) Antes desse, o maior tinha 1600 (Capítulo Seis - Dois sorisos e meia palavra). Enfim, chega de nhenhenhem. Volto a postar na quarta-feira que vem, continuem comentando [pelamordiDeus, comentem!] opinem, critiquem, sugiram, chinguem, façam o que for, mas partcipem ativamente aqui, ok? E já que eu falei em participar.... Como assim? Você ainda não faz parte da comunidade de Mais que a Vida? Tá esperando o quê? orkut - Mais que a Vida . Obrigada, de coração! Cada um de vocês é estremamente importante aqui pra mim! Beeijos!"



- Memórias de um passado que não é real. (♪)